Onde posso ser eu mesma.

Sábado, 13 de Dezembro de 2008

Escreve-me! Ainda que seja só

Uma palavra, uma palavra apenas,

Suave como o teu nome e casta

Como um perfume casto d’açucenas!

 

Escreve-me! Há tanto, há tanto tempo

Que te não vejo, Amor! Meu coração

Morreu já, e no mundo aos pobres mortos

Ninguém nega uma frase d’oração!

 

«Amo-te!» cinco letras pequeninas,

Folhas leves e ternas de boninas,

Um poema d’amor e felicidade!

 

Não queres mandar-me esta palavra apenas?

Olha, manda então… brandas… serenas…

Cinco pétalas roxas de saudade…

 

Florbela Espanca

 

sinto-me: doentinha
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publicado por averdadeiraeu às 18:27
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